sábado, 24 de dezembro de 2011

É minha responsabilidade pôr a render os dom que me foi confiado.

Sempre me dispus a da meu melhor na obra de Deus, entendo que o que faço não é para agrada a homens
E sim ao meu Deus que um dia me chamou para a maravilhosa luz, e somente por isso que faço o que faça para
dizer-lhe o quanto sou grato por seu amor e misericórdia em meu favor sendo eu tão grandioso pecador.
Peso a Deus que abençoe a Igreja do Altoé e seus lideres escolhidos para cuidar, zelar e alimentar.
A responsabilidade que temos em mudar o mundo, em usar bem o que nos foi confiado.

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens.» A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu.”

Jesus, antes de partir, confiou-nos o seu maior dom, a sua própria vida. É este dom que somos chamados a partilhar com os outros, o dom da vida, segundo as nossas capacidades. É a vida de Jesus em mim que devo fazer render, que devo comunicar para o bem dos meus irmãos. É minha responsabilidade pôr a render este dom que me foi confiado. Deus tem uma confiança ilimitada em nós. Antes de nos pedir seja o que for, dá-nos muito mais.

“O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois.”

O amor que damos aos outros volta para nós em duplicado! Quanto mais damos mais recebemos! Não importa aqui a quantidade, o importante é dar gratuitamente, tal como gratuitamente se recebeu! É dar-se a si mesmo, segundo as suas capacidades e dons recebidos. Tal como a viúva do Evangelho que deu mais do que todos porque deu tudo o que tinha para viver, assim deve ser a nossa medida, dar tudo pelos irmãos, darmo-nos a nós mesmos! Empenharmo-nos pelo bem dos outros. É isto que tem valor aos olhos de Deus.

“Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.”

Aquele servo saiu dali e foi enterrar o seu tesouro na terra. Sabe que aquele tesouro não lhe pertence, mas não compreendeu que lhe foi confiado para o negociar, para o pôr a render, para o colocar ao serviço dos outros. Ou então, apesar de o saber, não foi capaz de vencer a sua preguiça, o seu comodismo, para o colocar ao serviço.
Que tesouro estou eu a esconder na terra? Será que hoje irei ser capaz de vencer a minha preguiça e o meu comodismo para me colocar ao serviço dos irmãos? Faz-me Senhor, em cada dia, sair de mim mesmo para me dar aos outros.

“Muito tempo depois, chegou o Senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco dizendo: «Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei.» Respondeu-lhe o Senhor: «Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu Senhor.» Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: «Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei.» Respondeu-lhe o Senhor: «Muito bem, servo bom e fiel. Vem tomar parte na alegria do teu Senhor».”

Depois do tempo que nos é dado viver, virá o Senhor e nos questionará sobre o que fizemos do dom recebido. Que poderei ao responder? Eis, Senhor, correspondi ao teu amor, dando a vida pelos meus irmãos, multiplicando o amor que me deste, os dons que me confiaste coloquei-os ao serviço dos outros! Como ficaria contente o senhor, se assim fosse e, tal como a estes dois servos diria: “Muito bem, servo bom e fiel. Vem tomar parte na alegria do teu Senhor”. De que estou à espera para pôr a render os dons que Deus me confia? É nos pequenos gestos de amor de cada dia que consiste a fidelidade ao amor que Deus me tem. Estejamos atentos às pequenas coisas para sermos mais felizes. A nossa recompensa é participarmos na alegria de Deus, sentir a sua presença em cada momento da nossa vida, haverá recompensa melhor?

“Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: “Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence”.

É a natureza da nossa relação com Deus que determina o nosso agir quotidiano. Este servo não compreendeu o amor de Deus, não esteve à altura da sua bondade. Viu Deus como um juiz e não como um Pai, por isso escondeu o seu dom, não o negociou, por medo. Os outros responderam ao amor com outro tanto amor e obtêm a plena alegria de Deus, este enterrou a própria vida debaixo da terra. Este servo nunca aceitou o dom que lhe foi feito, nunca aceitou a gratuidade do seu Senhor. Estarei eu à altura da bondade de Deus ou olho para Ele como um juiz, que me faz viver a vida com medo do seu juízo?

“O Senhor respondeu-lhe: «Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro, e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes.»”

Este servo já estava fora, antes de ser colocado fora. Estava fora porque nunca foi capaz de compreender a lógica do Amor e aniquilou-se a si próprio, porque se fechou ao amor de Deus. Fechou-se ao Amor e recusou-se a amar os outros, a dar a sua vida em prol dos outros. Quem assim faz não pode participar da alegria do Senhor. Este servo tornou a sua vida inútil, porque cruzou os braços diante do dom. Cada um de nós é responsável por tornar a sua vida um dom de amor, uma resposta ao amor que Deus nos dá em cada dia, quando assim não acontece ficamos na escuridão, nas “trevas”, ou seja, sem vida. Perdoa Senhor, por todas as vezes em que nos fechamos ao amor e tornamos a nossa vida inútil.